quarta-feira, 11 de abril de 2007

Onde o ponto final não adianta

Por Jonatan Fernandes - 8º período de Jornalismo - FAFIC/Campos

A violência já está na essência humana desde o princípio da humanidade, seja a partir da desobediência ao Divino, seja na evolução do homem, como explicam os cientistas. Os argumentos são muitos, e, sendo assim, a discussão sobre os atos violentos se torna crescente entre pesquisadores, estudiosos e profissionais competentes.

Os veículos de comunicação vêm se desenvolvendo rapidamente por conta da tecnologia, e, junto com ela, a chega a exigência de rapidez por parte da contemporaneidade. Esta mesma agilidade compromete, em vezes, a qualidade não só do do trabalho do profissional, mas do produto por ele redigido, a notícia.

A violência tem editoria própria, a policial, e desta forma ela tem um espaço garantido nas páginas de jornal. Noticiar não é crime, mas noticiar sem responsabilidade com as verdades dos fatos dá cadeia como garante a Constituição Federal.

Grandes meios de comunicação vêm “manchando” a própria imagem - exemplo disso é o caso Escola Base de São Paulo, onde a suposição falou mais alto e o compromisso com o verídico simplesmente falhou.

Um fato na notícia policial que nos chama atenção é exatamente as fotografias expostas nas páginas dos jornais. Realmente, se espremer sai sangue! Nisso eu tenho que concordar: a imagem fala mais alto que mil palavras.

Os jornais Folha da Manhã, O Diário e Monitor Campista são meios impressos que serão questionados no projeto experimental dos graduandos Jonatan Fernandes, Ésio Malafaia e Tatiana Freire, da Faculdade de Filosofia de Campos, que estudam a notícia policial retratada nestes mesmos impressos.

Há quem diga que a culpa de noticiar fatos violentos não está na imprensa, nos meios de comunicação, mas sim no comportamento do homem, que inflencia a notícia. Portanto é necessário demonstrar uma linguagem de forma imparcial. Todos têm direito à informação para que haja democracia, mas não haverá uma verdadeira democracia se não haver informação de qualidade.

O jornalismo precisa de uma verdadeira “revolução em sua linguagem”. Que isso não estacione em discussões, pois precisamos de reais mudanças da teoria para a PRÁTICA. Como diz José Coelho Sobrinho, professor e presidente da Associação Brasileira de Escolas de Comunicação, “só é jornalista aquele que tem responsabilidade ao escrever”. Ponto final...

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