quarta-feira, 11 de abril de 2007

Novos talentos em recital de piano

Por Paulo Bussad – 7º período de Jornalismo das FIPH/Itaperuna

Dedos cheios de vida, técnica fluente, versatilidade, precisão e musicalidade. Essas são algumas das várias características apresentadas pelos pianistas que se estudam no Conservatório de Música Santa Cecília, em Itaperuna. No último recital, João Elias Soares, de 17 anos, e Mariana dos Santos Bastos, de 20, mostraram que têm mesmo algo mais do que talento, quando interpretaram obras de grandes nomes da música clássica, como Beethovem, Listz, Piazzolla e Rachmaninoff.

O recital teve entrada franca e foi um verdadeiro deleite para os ouvidos.Recital – Mariana abriu o recital com a melancólica sonata Ao Luar op.27, nº02 de Beethoven. O público observava, com olhares atentos, a jovem executar a peça com extrema maestria e um senso melódico totalmente desconcertante.

“Ainda sinto o nervosismo de cada apresentação, mas, quando sento ao piano, deixo a música me levar”, disse a pianista.

João tocou a vigorosa e energética valsa Mefisto de Franz Liszt, segundo especialistas, uma música extremamente difícil de tocar. O rapaz causou surpresa no público pelo seu virtuosismo precoce, mostrando habilidade e domínio total do piano. “A técnica e o virtuosismo estão na mente e dedos. Já a interpretação é algo individual”, explicou.

Um dos pontos fortes do recital foi o duo de João e Mariana, que demonstraram entrosamento e alegria ao tocarem músicas do compositor russo Rachamaninoff e do argentino Astor Pizzola.Ao final, os pianistas fizeram uma suíte – conjunto de peças instrumentais dispostas a serem tocadas sem interrupções. O público pediu bis.

Sonhos – “Pretendo terminar os estudos em Itaperuna, cursar piano na UFRJ e seguir minha carreira” afirma João, que iniciou seus estudos de música aos 10 anos, tocando teclado em um projeto desenvolvido em seu colégio. Já Mariana, pensa em um caminho duplo.

“Quero conciliar as duas carreiras: a jurídica e de pianista” disse a moça, que já estuda Direito e faz estágio na Receita Federal. Mariana também começou a estudar música aos 10 anos e em 2006 concluiu – com louvor – o curso técnico em piano pelo Conservatório Brasileiro de Música.

A escola de música Santa Cecília fica na rua Major Porfírio Henriques, no centro. A Instituição oferece cursos de piano harmonia, morfologia-canto coral, flauta, teoria musical e mantém um convênio com o Conservatório Brasileiro de Música.

Formandos em jornalismo desenterram a história do futebol campista

Por Aristides Leo Pardo - 8º período de Jornalismo - FAFIC/Campos

No mês de junho, ocorrerá na Faculdade de Campos (FAFIC) as apresentações das monografias dos alunos do último período de jornalismo. A apresentação dos trabalhos é exigência para conclusão do curso de graduação.

Os trabalhos estão sendo desenvolvidos por parte dos formandos, com total dedicação e afinco, por parte dos formando, e este ano haverá uma grande diversidade de temas, que passa pela analise das eleições municipais de 2004 sob a ótica dos jornais Folha da Manhã e O Diário, os principais da cidade, até a visão do jornalismo impresso nas igrejas evangélicas, tendo como foco principal o jornal Folha Universal, da Igreja universal do Reino de Deus (IURD).

Um dos trabalhos mais esperados é o dos alunos Aristisdes Leo Pardo, o Tide, 31, Ingrid Figueiredo Oliveira, 22, e Ramon de Sá Viana, 28. A pesquisa tem como objetivo o resgate da historia do futebol campista desde os seus primórdios, no longínguo ano de 1910, até os dias atuais. Investigando o olhar da imprensa campista sobre a falência de muitos clubes, devido à fusão do antigo Estado do rio com o da Guanabara e à decadência da próspera indústria canavieira na região, os pesquisadores buscarão nos jornais campistas as reportagens que contam história da época e que comprovem sua tese.

Segundo Tide, a fusão dos estados atrapalhou o desenvolvimento dos clubes do interior como um todo.

“O Americano, o Goytacaz e o Fonseca de Niterói eram os principais clubes do estado, e após a fusão, se tornaram apenas coadjuvantes para os times da cidade do Rio de Janeiro. O Fonseca fechou as portas para o futebol profissional, como muitas outras equipes, e os dois clubes campistas ainda sobrevivem aos dias de hoje sem as glórias do passado e afundando cada vez mais em dívidas”.

“Muitas curiosidades e historias de lutas de desportistas de planície goytacá serão contadas na monografia, que, na pretensão de seus autores, irá se tornar um livro. Muita historia será contada e outras ficaram somente para o livro, mas mostrar uma eopéia ainda desconhecida de algumas gerações de campistas, sobretudo as mais jovens”, disse Ramon.

Memória futebolística

Por Aristides Leo Pardo - 8º Período de Jornalismo - FAFIC/Campos

Após dois anos de intensas pesquisas em bibliotecas, arquivos de jornais e em diversos bairros e distritos da cidade, aos alunos Aritides Leo Pardo, Ingrid Figueiredo Oliveira e Ramon Sá Viana, ambos do 8º período de jornalismo da Faculdade de Filosofia de Campos (FAFIC), prometem arrancar suspiros dos mais saudosistas e a admiração daqueles que não conhecem a rica historia futebolística da cidade, pois esta é o tema da dupla em sua monografia que será apresentada no dia 2 de junho no auditório da FAFIC com exigência para a graduação em jornalismo.

O trabalho, que os autores pretendem transformar em livro ainda este ano, vai mostrar desde a chegada da primeira bola na cidade, na distante década de 10, até a catastrófica situação atual dos clubes que conseguiram sobreviver ao longo dos anos, passando pelo amadorismo, a implantação do futebol profissional, os campões ano a ano, a fusão do antigo Estado do Rio com a Guanabara, os craques campistas que fizeram sucesso na cidade e no Brasil e os que ficaram mundialmente conhecidos, a imprensa esportiva local, curiosidades e fatos que solidificaram a paixão pelo esporte bretão na planície goytacá, fazendo que houvesse por aqui um clássico de imensa rivalidade, como é o caso do confronto entre Goytacaz e Americano.

Certamente, os futuros jornalistas acertaram em cheio a escolha deste apaixonante tema que infelizmente pouco se deixou registrado para a posteridade. O trabalho será leitura obrigatória dos amantes do futebol e da cidade de Campos dos Goytacazes, que conhecer um pouco mais sobre a historia quase centenária do esporte local, e para os mais velhos relembrarem os áureos tempos de estádios sempre lotados. Vale a pena conferir esta garnde iniciativa.

Sensacionalismo: o mal do século XXI

Por Tatiana Freire - 8º período de Jornalismo - FAFIC/Campos

A prática do sensacionalismo no Brasil há muito se tornou banal. Explorar e divulgar notícias objetivando a sensibilização ou a indignação do povo é uma das táticas mais utilizadas pelos veículos de comunicação em todo o país. Esse exagero, que por muitas vezes parte de interesses pessoais, já passou, por anos a fio, desapercebido pela grande massa da sociedade. Hoje, em dias em que as guerras civis não declaradas se instalaram no cotidiano das pessoas, fica perceptível aos olhos e aos ouvidos, mesmo daqueles mais leigos, a intenção da mídia, por sua vez formadora de opinião, de manipular os pensamentos e até, quem sabe, os atos da sociedade.

A espetacularização dominou o jornalismo. O simulacro faz com que a realidade e a simulação se confundam, como numa mistura homogênea. A grande massa, alienada ao que se passa nos bastidores dos “espetáculos”, se satisfaz com aquilo que é abordado pelos veículos de comunicação.

Chacinas, tragédias, seqüestros, assaltos. Situações como estas viraram produtos nas mãos da imprensa. O gancho dado à notícia depende de determinações superiores. O repórter já não pode mais cumprir sua função, que teoricamente seria de retratar o fato, transmitindo à população a notícia por si só.

A política editorial dos veículos de comunicação está diretamente ligada à verba destinada por setores do governo, empresas privadas e até mesmo pessoas físicas. Sendo assim, fica fácil identificar a presença do sensacionalismo em determinadas matérias. Desde que se propõem a ser imparciais, os jornais, Tvs e rádios estão adotando uma posição sensacionalista, visto que as notícias serão manipuladas para que os interesses dos “patrocinadores” sejam atendidos.

Partindo do pressuposto que a ética deixou de ser prioridade para determinar o bom jornalismo, chega-se à conclusão de que a base para tal avaliação se perdeu junto com o princípio, este que deveria voltar a reinar no exercício da profissão. Isso evitaria ainda o desgaste social num país em que famílias vêem seus parentes próximos morrerem, vítimas de vândalos que não são punidos pelo Estado. Como se não bastasse a perda, ainda são obrigados a reviver toda dor ao ver o sangue ser comercializado como mercadoria, estampado nas capas de todos os jornais diariamente.

Alunos de jornalismo fazem um estudo de notícias sensacionalistas

Por Tatiana Freire - 8º período de Jornalismo - FAFIC/Campos

O “tiroteio” de informações ao qual a sociedade é submetida diariamente inspirou um grupo de alunos do 8º período do curso de Jornalismo da Faculdade de Filosofia de Campos a estudar mais profundamente o papel que os veículos de comunicação, mais especificamente a mídia impressa, exerce sobre a formação dos cidadãos. Através do trabalho de conclusão de curso, que será apresentado no próximo dia 03 de junho, os graduandos buscam descobrir até que ponto essa prática é capaz de manipular ou influenciar as pessoas.

Outro objetivo da monografia, segundo Ésio Malafaia Júnior, um dos membros do grupo, é revelar que uma simples posição adotada por determinado veículo na abordagem de um acontecimento é capaz de causar ânsia, pânico, desespero e até mesmo mudar completamente a rotina de milhões de pessoas.

Segundo ele, o tema do trabalho foi pensado a partir da necessidade de mostrar à sociedade a espetacularização que a mídia faz em cima de assuntos que envolvem a violência. Ele acredita que essa posição adotada esteja por trás de interesses financeiros.

— O tema violência sempre vai estar em voga no Brasil e no mundo. Esse foi um dos motivos que nos fez interessar em estudá-lo mais a fundo. Além disso, acreditamos que não há a necessidade de abordar os fatos de maneira tão exagerada, como vemos acontecer. Os veículos mostram sangue porque a população gosta, ou se acostumou, a ver sangue. Financeiramente o sensacionalismo é interessante para a mídia — avalia Malafaia.

Depois de ler alguns livros sobre o assunto, o universitário chegou à conclusão de que a violência é a válvula propulsora da mídia e por isso ela é tão explorada pelos veículos, seja impresso, televisivo ou radiofônico. “A falta de ética é predominante quando o sensaciolismo é realidade. Nosso trabalho tem como objetivo maior melhorar a sociedade em que vivemos, verificando a hipótese de que a cobertura parcial dos fatos causa desgaste social”, explicou Ésio.

Onde o ponto final não adianta

Por Jonatan Fernandes - 8º período de Jornalismo - FAFIC/Campos

A violência já está na essência humana desde o princípio da humanidade, seja a partir da desobediência ao Divino, seja na evolução do homem, como explicam os cientistas. Os argumentos são muitos, e, sendo assim, a discussão sobre os atos violentos se torna crescente entre pesquisadores, estudiosos e profissionais competentes.

Os veículos de comunicação vêm se desenvolvendo rapidamente por conta da tecnologia, e, junto com ela, a chega a exigência de rapidez por parte da contemporaneidade. Esta mesma agilidade compromete, em vezes, a qualidade não só do do trabalho do profissional, mas do produto por ele redigido, a notícia.

A violência tem editoria própria, a policial, e desta forma ela tem um espaço garantido nas páginas de jornal. Noticiar não é crime, mas noticiar sem responsabilidade com as verdades dos fatos dá cadeia como garante a Constituição Federal.

Grandes meios de comunicação vêm “manchando” a própria imagem - exemplo disso é o caso Escola Base de São Paulo, onde a suposição falou mais alto e o compromisso com o verídico simplesmente falhou.

Um fato na notícia policial que nos chama atenção é exatamente as fotografias expostas nas páginas dos jornais. Realmente, se espremer sai sangue! Nisso eu tenho que concordar: a imagem fala mais alto que mil palavras.

Os jornais Folha da Manhã, O Diário e Monitor Campista são meios impressos que serão questionados no projeto experimental dos graduandos Jonatan Fernandes, Ésio Malafaia e Tatiana Freire, da Faculdade de Filosofia de Campos, que estudam a notícia policial retratada nestes mesmos impressos.

Há quem diga que a culpa de noticiar fatos violentos não está na imprensa, nos meios de comunicação, mas sim no comportamento do homem, que inflencia a notícia. Portanto é necessário demonstrar uma linguagem de forma imparcial. Todos têm direito à informação para que haja democracia, mas não haverá uma verdadeira democracia se não haver informação de qualidade.

O jornalismo precisa de uma verdadeira “revolução em sua linguagem”. Que isso não estacione em discussões, pois precisamos de reais mudanças da teoria para a PRÁTICA. Como diz José Coelho Sobrinho, professor e presidente da Associação Brasileira de Escolas de Comunicação, “só é jornalista aquele que tem responsabilidade ao escrever”. Ponto final...

Comportamento antropológico X sensacionalismo

Por Jonatan Fernandes - 8º período de Jornalismo - FAFIC/Campos

Projetos experimentais são apresentados todos os semestres nas instituições de cursos superiores e na Faculdade de Filosofia de Campos (Fafic) não poderia ser diferente. Aproximadamente oito grupos de estudantes de jornalismo irão defender a sua dissertação perante uma bancada de profissionais da área de Comunicação Social em junho deste ano. Dentre estes grupos está o dos alunos Ésio Malafaia, Tatiana Freire e Jonatan Fernandes, que abordarão em sua pesquisa a forma como a imprensa campista noticia a violência física.

Com a orientação do professor mestre e coordenador interino do curso de Comunicação Social da FAFIC, Orávio de Campos, os futuros jornalistas, com base em grandes escritores como Nilson Lage, Zuenir Ventura, Guy Debord,, entre outros, irão focar se existe manipulação no tratamento dos fatos por parte dos veículos de comunicação impressa e as formas de linguagem usadas pelos mesmos.

Serão três os jornais analisados: O Diário, Folha da Manhã e Monitor Campista, o que não quer dizer que exemplos de outros jornais serão ocultados na dissertação. Outro ponto importante a ser abordado pelos pesquisadores é a ética na profissão jornalística, onde a deontologia, ou seja, um conjunto de regras profissionais a serem executadas, será pauta importante na dissertação.
O grupo informou que “o sensacionalismo, a lucratividade, a sociedade do espetáculo e as histórias do jornalismo brasileiro e da imprensa de Campos dos Goytacazes também serão argumentos de debate na monografia”.

Pesquisa de campo e entrevista com diretores e editores são algumas das metodologias que serão empregadas pelos integrantes do grupo, que terá o apoio da faculdade, que fornecerá cinegrafista, equipamentos e ilha de edição, uma vez que os alunos optaram em usar o veículo televisivo para mostrar o trabalho desenvolvido.

Jonatan Fernandes, membro da equipe, disse que o trabalho mostrará que a censura não acabou. “Buscamos na história da imprensa campista referências de reportagens policiais e qual não foi nossa surpresa quando descobrimos que um crime cometido na praça São Salvador foi subtraído das páginas dos jornais locais, sendo dado por outros veículos, de outras cidades e até estados. O material data do início do integralismo, nos anos 30, e é a prova concreta de que a manipulação já existia. Termos muitas surpresas”, afirmou.

As mudanças na linguagem jornalística dentro dos estilos informativo e opinativo, o que gera a objetividade e a subjetividade serão enfatizadas pelos graduandos.