quarta-feira, 11 de abril de 2007

Comportamento antropológico X sensacionalismo

Por Jonatan Fernandes - 8º período de Jornalismo - FAFIC/Campos

Projetos experimentais são apresentados todos os semestres nas instituições de cursos superiores e na Faculdade de Filosofia de Campos (Fafic) não poderia ser diferente. Aproximadamente oito grupos de estudantes de jornalismo irão defender a sua dissertação perante uma bancada de profissionais da área de Comunicação Social em junho deste ano. Dentre estes grupos está o dos alunos Ésio Malafaia, Tatiana Freire e Jonatan Fernandes, que abordarão em sua pesquisa a forma como a imprensa campista noticia a violência física.

Com a orientação do professor mestre e coordenador interino do curso de Comunicação Social da FAFIC, Orávio de Campos, os futuros jornalistas, com base em grandes escritores como Nilson Lage, Zuenir Ventura, Guy Debord,, entre outros, irão focar se existe manipulação no tratamento dos fatos por parte dos veículos de comunicação impressa e as formas de linguagem usadas pelos mesmos.

Serão três os jornais analisados: O Diário, Folha da Manhã e Monitor Campista, o que não quer dizer que exemplos de outros jornais serão ocultados na dissertação. Outro ponto importante a ser abordado pelos pesquisadores é a ética na profissão jornalística, onde a deontologia, ou seja, um conjunto de regras profissionais a serem executadas, será pauta importante na dissertação.
O grupo informou que “o sensacionalismo, a lucratividade, a sociedade do espetáculo e as histórias do jornalismo brasileiro e da imprensa de Campos dos Goytacazes também serão argumentos de debate na monografia”.

Pesquisa de campo e entrevista com diretores e editores são algumas das metodologias que serão empregadas pelos integrantes do grupo, que terá o apoio da faculdade, que fornecerá cinegrafista, equipamentos e ilha de edição, uma vez que os alunos optaram em usar o veículo televisivo para mostrar o trabalho desenvolvido.

Jonatan Fernandes, membro da equipe, disse que o trabalho mostrará que a censura não acabou. “Buscamos na história da imprensa campista referências de reportagens policiais e qual não foi nossa surpresa quando descobrimos que um crime cometido na praça São Salvador foi subtraído das páginas dos jornais locais, sendo dado por outros veículos, de outras cidades e até estados. O material data do início do integralismo, nos anos 30, e é a prova concreta de que a manipulação já existia. Termos muitas surpresas”, afirmou.

As mudanças na linguagem jornalística dentro dos estilos informativo e opinativo, o que gera a objetividade e a subjetividade serão enfatizadas pelos graduandos.

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